O que você precisa saber para falar de Deus para as crianças

A experiência da transmissão da fé para as crianças tende a ser um assunto que, frequentemente, aparece nas conversas entre mães, pais, catequistas e professores católicos. Quando bem pequenos, essa tarefa pode ser realizada de forma muito sensível e até mesmo lúdica. Mas quando vão crescendo, percebemos que falar de Deus para as crianças passa a ser uma via que envolve – também – o conhecimento sobre quem é Deus, o cultivo da vida interior e questões conceituais do tipo: “Quem é Deus?”.

Podemos, no entanto, nos perguntar: para mim, quem é Deus? Essa resposta pode ajudar a percebermos se, também nós, não precisamos trilhar este caminho junto com as crianças.

Relacionamos, então, alguns pontos que você precisa saber e que podem auxiliar nesta missão de falar de Deus para as crianças.

A experiência da transmissão da fé para as crianças tende a ser um assunto que, frequentemente, aparece nas conversas entre mães, pais, catequistas e professores católicos. Quando bem pequenos, essa tarefa pode ser realizada de forma muito sensível e até mesmo lúdica. Mas quando vão crescendo, percebemos que falar de Deus para as crianças passa a ser uma via que envolve – também – o conhecimento sobre quem é Deus, o cultivo da vida interior e questões conceituais do tipo: “Quem é Deus?”.

Podemos, no entanto, nos perguntar: para mim, quem é Deus? Essa resposta pode ajudar a percebermos se, também nós, não precisamos trilhar este caminho junto com as crianças.

Relacionamos, então, alguns pontos que você precisa saber e que podem auxiliar nesta missão de falar de Deus para as crianças.

Falar de Deus para as crianças: uma missão

Deus é sempre bom

Deem graças ao Senhor, porque ele é bom.
O seu amor dura para sempre! 

Salmos 136,1

Pode parecer algo óbvio, mas é fundamental trazer não apenas para as nossas palavras – mas também nossos gestos e ações – o conceito de que Deus. Isso ajuda as crianças a perceberem e internalizar essa grande verdade. O amor de Deus jamais passará! Para auxiliar nesta tarefa, você pode – por exemplo – escolher passagens bíblicas e meditar com seu filho diariamente sobre essa característica de Deus. 

  • Rm 8, 38 – 39 – Nada nos separará do amor de Deus
  • Is 54, 10 – O amor de Deus não mudará
  • Is 43, 1 – 7 – Deus nos ama, nos chama pelo nome
  • 1 Jo 4 – 19 – Deus nos amou primeiro

Passa por nós ajudar as crianças a terem uma visão correta sobre o amor incansável, paciente e pessoal do Senhor por nós. E isso, como ensina o Papa Francisco, pode começar desde bem cedo. 

“Recém-nascidas, as crianças começam a receber em dom, juntamente com o alimento e os cuidados, a confirmação das qualidades espirituais do amor. Os gestos de amor passam através do dom do seu nome pessoal, da partilha da linguagem, das intenções dos olhares, das iluminações dos sorrisos. Assim, aprendem que a beleza do vínculo entre os seres humanos aposta na nossa alma, procura a nossa liberdade, aceita a diversidade do outro, reconhece-o e respeita-o como interlocutor. Um segundo milagre, uma segunda promessa: nós — pai e mãe — entregamo-nos a ti, para te doar a ti mesmo! E isto é amor, que contém uma centelha do amor de Deus! Mas vós, pais e mães, tendes em vós esta centelha de Deus, que transmitis aos vossos filhos; vós sois instrumento do amor Deus, e isto é deveras bonito!”

Papa Francisco – Audiência geral de 14 de outubro de 2015

Como crer num Deus invisível

Deus é puro Espírito, Ele é invisível. Como saber que realmente existe se não podemos vê-Lo? Podemos conhecer a Deus tanto pela fé quanto pela inteligência, pela contemplação da grandeza de Deus na criação. A existência da ordem no universo são sinais do Criador. Além do fato de que ao olhar para nós mesmos podemos perceber que somos diferentes de todos os seres vivos, o homem é capaz de pensar, amar.

Deus se revelou a um povo, Israel, é o que nos dizem as Sagradas Escrituras, e Ele quis entrar na história por meio de seu Filho Jesus Cristo, que se encarnou por obra do Espírito Santo. Foi Deus que nos criou, nos amou primeiro, o desejo de conhecê-Lo foi impresso nos corações desde a criação. 

A vida dos santos, especialmente os mártires, é um belíssimo exemplo para acreditarmos que Deus realmente existe. Quem se arriscaria a morrer se não tivesse essa certeza? A leitura da biografia dos santos nos inspira, nos eleva e nos aproxima da Verdade. Esse é um bom hobbie para ser cultivado com os filhos: ler e assistir biografias de santos. Durante esses momentos certamente haverá perguntas e as respostas estarão impressas nas linhas da vida dessas pessoas.

 

Deus uno e trino

As crianças fazem perguntas que nos fazem parar e refletir, questionamentos sobre como pode haver um só Deus em três pessoas, por que Jesus é homem e Deus. É preciso explicar à criança o significado do dogma – verdade de fé. Partindo desse princípio, os pais conseguem tratar sobre o mistério da Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo. Sempre ressaltando que não se trata de um enigma a ser descoberto, mas algo a ser contemplado com amor e reverência.

O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas e um único Deus. O Pai e o Espírito Santo têm apenas natureza divina, o Filho é Deus (natureza divina) e homem (natureza humana). É simples e complexo ao mesmo tempo: Jesus Cristo é Deus, mas também homem porque se encarnou e se fez criança. Seu filho compreenderá melhor se você usar o termo “se fez criança”.

Dica prática:

Existe uma dinâmica muito antiga usada para ensinar como é possível ter um só Deus em três pessoas. É fácil! Você só precisa de três velas e algo para acendê-las. Ao acender a primeira, diga que aquela vela representará o Pai, a segunda representará o Filho, e a terceira o Espírito Santo. Separadas cada vela possui uma chama, entretanto quando aproximamos as três elas formam uma única chama, é uma única chama formada por três velas, assim como as três pessoas da Santíssima Trindade são um só Deus.

 

Obedecer os mandamentos da lei de Deus

Os dez mandamentos podem ser vistos apenas como uma lista de proibições para as crianças. Como solucionar esse problema? Primeiro é preciso saber e afirmar constantemente que Deus é amor (1 João 4, 8). Geralmente começamos a fazer afirmações estéticas a respeito do pecado, dizemos – por exemplo – que bater no irmão é feio.  Conforme passa o tempo, passamos a uma afirmação ética: explicamos que não se deve bater porque isso machuca o outro e ofende a Deus, até que chegarmos ao coração e explicamos que renunciar a raiva não batendo no irmão é uma expressão de amor a Deus.

A princípio, essa ideia de obedecer os mandamentos pode não parecer algo relacionado a “falar de Deus às crianças”, mas trata-se do relacionamento com Ele. Deste modo, vale a pena acompanhar essa progressão: afirmações estéticas sobre o pecado, a ofensa a Deus e a renúncia do pecado como expressão do amor de Deus!

Os mandamentos da lei de Deus têm por finalidade nos levar ao Amor, quando conseguimos que a criança enxergue que tudo se trata na verdade de amar ao Senhor, os limites dados pelos mandamentos deixam de parecer proibições sem sentido.  

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